As linhas de atuação da RCA foram delimitadas pelas organizações membro da rede em termos da realização de atividades coletivas de intercâmbios interculturais, seminários temáticos, encontros regionais, formação de quadros e capacitações de lideranças indígenas, produção e difusão de documentos e publicações, monitoramento das políticas públicas indigenistas e ambientalistas e incidência política com ênfase no protagonismo indígena.
A defesa dos direitos constitucionais dos povos indígenas no Brasil e do bem viver nos territórios indígenas mobilizam a articulação das 14 organizações que integram a RCA. Nos últimos anos as atividades da RCA estão pautadas por quatro temáticas principais: Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas, Consulta Prévia e Protocolos Próprios de Consulta, Mudanças Climáticas e Incidência Política, e Defesa de Direitos Indígenas.
Em 2016 a RCA passa também a promover uma articulação de organizações da sociedade civil voltada para a elaboração de um relatório sobre a questão indígena na Revisão Periódica Universal da ONU no Brasil, cujo processo de incidência política internacional passa a monitorar.
Neste mesmo ano a RCA iniciou um processo de apoio para a realização de Encontros Regionais de Mulheres Indígenas, articulados anualmente pelas próprias mulheres de uma das organizações que recebem em seus territórios ou Centros de Formação as mulheres indígenas das outras organizações que compõem a Rede. Dos desdobramentos produzidos através desta iniciativa de fortalecimento, protagonismo e apoio para as ações e participação das mulheres indígenas se constituiu um novo eixo de trabalho da RCA voltado especificamente para as Mulheres Indígenas em Rede.
Propiciar a troca de informações e a produção de novos conhecimentos, incidir nas políticas públicas, promover espaços e processos de formação e articular-se com outras organizações do campo indigenista, ambiental e de direitos humanos no Brasil são as principais estratégias de ação da RCA.